quinta-feira, 24 de maio de 2012

A moda no Século XX (1970 - 1990)

Foi nos anos 60 que a juventude marcou a sua posição e intervenção na moda. Esta situação foi provocada por alterações económicas, políticas e sociais. Porém, foi a musica a principal libertadora das mentalidades jovens, reprimidas durante muito tempo. Estes foram anos de diversão e de uma constante busca de identidade.
A década de 70 ficou marcada pela diversidade de formas e de estilos. Os jovens lutaram pelos seus ideais, tendo surgido neste contexto duas correntes de moda jovem:
• O psicodelismo: saias curtas, extravagantes, coloridas e chamativas;
• O hippie: saias longas e estilo indiano.
Esta geração procurou a tranquilidade com o regresso à natureza e com a utilização de materiais simples como o algodão e a lã. Fazia furor o “retro”.
A inconformidade com o mundo de conflitos e ambições levou os jovens a olhar para o Oriente, especialmente para a Índia e para a religião Hindu. Numerosos artistas, como os Beatles e Jane Fonda, profetizaram este culto e expandiram-no pelo Ocidente, de cuja experiência se extraiu todo o movimento social – Flower Power Hippie.

Assentes na cidade estudantil de São Francisco, os jovens viviam em comunas, consumiam comida macrobiótica e fumavam marijuana sem restrições. Devido a esta forma de vida nasceram os clássicos “patas de elefante”, as camisas hindus, o cabelo comprido e um ideal pacifista, cujo principal centro de ataque era a Guerra do Vietname e o governo norte-americano.
As flores, símbolo da época, usavam-se nas roupas, no cabelo e representavam a ideologia ilusória que os guiava na chamada “Revolução das Flores”.

A todas estas mudanças juntou-se a crescente popularidade do feminismo, o que implicou uma marcada masculinização das roupas, pois as mulheres procuravam a comodidade em vez da beleza, nascendo, assim, a roupa unisexo. O cabelo também não era símbolo de distinção (de costas muitos homens pareciam mulheres de cabelos compridos). Como em todas as épocas, uma parte do corpo feminino chamava à atenção sobre o restante e os trajes ocupavam-se de realçá-la. Nesta época destacavam-se as calças muito justas, realçando as nádegas. O ser extremamente magro, sem peito nem ancas eram a herança deixada pelo culto da beleza anoréctica, cujo expoente máximo foi a modelo inglesa Twiggy.

Com o fim da década chegaram os brilhos e as festas da “Febre de Sábado à Noite” que transportaram a vida da sociedade também para a noite. A diversão, a música com certos toques electrónicos, as discotecas e as luzes psicadélicas fizeram da moda uma festa. A licra ganhou importância relativamente ao algodão e começou a moda das botas e sapatos de tacão do tipo sueco, exageradamente altos. A sensibilidade da maquilhagem e o cabelo liso e solto transformaram-se numa produção multicolor e numa mistura de estilos e formas mais complexas e espampanantes. O cabelo encaracolado e volumoso moldado com rolos e lacas guiavam a estética. Proveniente deste estilo, nasceu uma corrente que fundiu todas as cores, que marcou o início dos anos 80, quando o “Punk” invadiu as ruas da Grã-Bretanha. Representantes do anarquismo na sua proposta estética e musical, romperam com a moda “politicamente” correcta e começaram a transmitir artigos e penteados com significado marcadamente violento e antidemocrático.

Nesta época tudo era grande (penteados volumosos, jóias grandes, chapéus grandes) e caríssimo. Surgem as cores fortes, os estampados, os chapéus gigantes e a sobreposição de roupas rodeadas por um cinto. Tudo isto levou a moda ao excesso tendo sido este o seu pior momento histórico.

O idealismo de anos anteriores é abandonado e surge o neo-conservadorismo que marcou o regresso dos trajes clássicos. Foi a época do “ Flash”.
Michael Jackson causou furor com os casacos vermelhos.

A chamativa sensualidade de Madonna criou uma devoção pelos crucifixos.

A princesa Diana, no maior casamento da década, criou um novo interesse no estilo romântico.

Nas reuniões de mulheres, dominava o poder com os seus amplos chapéus, cinturas pequenas e altos tacões que tinham como objectivo mostrar a agressividade feminina.
O traje Chanel, revivido pela primeira-dama Nancy Reagan, ilustra a imagem ideal, conservadora e chique, da mulher executiva. Na mesma altura os jeans começaram a ser mais comuns, sendo fabricados por desenhadores que lhes deram outro nível e estatura na moda.

As braceletes de couro, pulseiras de cristal, o estilo punk, o breakdance, os sapatos Vans, os chapéus e o look Miami Vice formavam o essencial da moda nesta época, procurando-se um estilo próprio.

O início da década de 90 continuou com um estilo semelhante ao dos anos 80, onde se continuou a utilizar a maquilhagem carregada e grandes penteados.

Só no ano de 1993 estas tendências alteraram-se, com o surgir da banda Nirvana que influenciou os jovens desta época com a forma como se vestiam. Alteraram dramaticamente a moda juvenil, com o que chamamos “grande look” caracterizado por sweaters largas de flanela e calças rotas. Os jovens rapidamente adoptaram as roupas baratas e em segunda mão com o objectivo de se vestirem como os Nirvana.
No ano de 1995, depois do êxito que causou a sério “Friends”, ficou na moda o famoso corte de cabelo da Rachel (Jennifer Aniston).
Em 1998 e 1999 utilizava-se os ganchos de borboletas utilizados pelas mulheres de todas as idades e classes.

As Levis passaram a ser a marca mais reconhecida no mercado.
O “grande look” baseava-se na modificação do corpo com piercings e tatuagens. A moda foi-se aperfeiçoando à medida que a década evoluía. O minúsculo top que tinha aparecido na década de 70 começou a ser vendido novamente como roupa interior no vestuário feminino.

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